Para as empresas do setor de serviços, a reforma tributária traz mudanças expressivas que impactam carga tributária, créditos e tecnologia. Embora o objetivo central seja simplificar o sistema tributário, o trecho publicado pela FecomercioSP alerta que quem não se preparar pode acabar pagando mais imposto.
Um dos efeitos mais relevantes diz respeito à carga fiscal: empresas que hoje recolhem PIS (0,65 %), Cofins (3 %) e ISS (em média 5 %) podem enfrentar uma alíquota combinada de cerca de 27,97 % com a transição para os novos tributos CBS e IBS. O setor de serviços é apontado como um dos mais afetados justamente por sua menor capacidade de aproveitar créditos tributários — já que há menor consumo de insumos.
Por outro lado, há segmentos que poderão obter alíquotas reduzidas: profissões regulamentadas como advocacia, contabilidade e engenharia têm previsão de até 30 % de redução nas alíquotas, enquanto setores como educação e saúde podem ter desconto de até 60 %.
Em relação ao cronograma, a transição será gradual: a partir de 2026 inicia‑se a fase de testes, com adaptação de sistemas e emissão de notas fiscais com novos campos; em 2027 haverá extinção do PIS/Cofins e início efetivo da CBS; entre 2029 e 2032 ocorre a migração do ICMS/ISS para o IBS; e em 2033 espera‑se a consolidação total do novo regime.
Fonte: Reforma Tributária: o que muda para as empresas do setor de serviços. Disponível em: https://www.fecomercio.com.br/noticia/reforma-tributaria-o-que-muda-para-as-empresas-do-setor-de-servicos